A capital paulista será a primeira cidade do país a receber o sistema de compartilhamento de bicicletas sem estações, também conhecido no mundo por dockless; as bicicletas são liberadas por meio de um aplicativo via smartphone sendo retiradas no local que estiverem disponíveis e devolvidas em qualquer ponto da cidade
A primeira cidade brasileira a receber um sistema de compartilhamento de bicicletas sem estações para retirada e devolução e liberadas por um aplicativo de celular será a capital paulista . O plano apresentado no final de 2017 pelo prefeito João Doria é de levar a toda cidade bicicletas compartilhadas em um sistema espelhado no sistema chinês, assim final do ano passado a prefeitura abriu um processo de cadastramento para que empresas ofereçam o serviço, obedecendo algumas regras.
A primeira empresa a colocar o sistema em operação deverá ser a Yellow , fundada em junho de 2017 pelos empresários Eduardo Musa (ex-Caloi), Rento Freitas e Ariel Lambrecht (99táxis) . A operadora deverá colocar nas ruas até dezembro deste ano 20 mil bicicletas, porém o projeto prevê uma frota de 100 mil bicicletas com redistribuição livre. A Yellow já tem mapeadas outras 30 cidades aonde poderá levar o seu sistema de compartilhamento livre.
A proposta é que o sistema atenda os usuários em deslocamentos curtos como complemento ao transporte público, interligando-se a terminais de ônibus, metrô e trem. Segundo informações da operadora, o sistema deverá começar no centro expandido, mas sabe-se que a determinação da prefeitura é para que os sistemas também cheguem à periferia da cidade. Para utilizar a bicicleta usuário, por meio do aplicativo em seu smartphone, faz a consulta e este indica as bicicleta que estiver mais próxima.
Para garantir a melhor experiência por parte do usuário, preservar o ambiente urbano e respeitar o restante da sociedade, a Yellow divulga que contará com diversas iniciativas de manutenção, organização e incentivo ao consumo responsável. Um exemplo disso é a “patrulha periódica” que será efetuada pela Yellow todos os dias da semana. A empresa contará com equipes realizando uma espécie de varredura pela cidade, mapeando suas bicicletas para organizá-las, redistribuí-las estrategicamente e retirá-las para manutenção quando necessário, contribuindo, assim, para a melhor distribuição e posicionamento das bicicletas pela cidade. Trata-se de uma ação em resposta à maior critica que o sistema recebeu nos muitos países que entrou em operação (inclusive em algumas cidades chegou a seri proibido) com bicicletas largadas em qualquer lugar público, em cima de calçadas e muitas vezes com isso tomando o espaço de pedestres.
O preço para utilização do sistema ainda não foi divulgado, mas a tendência, segundo a empresa, é que seja menor que a tarifa do ônibus e metro da capital paulista (atualmente em R$ 4). Porém, a exemplo de aplicativos como o Uber, o sistema terá uma precificação dinâmica conforme a demanda, ou seja, nos horários de pico os preços poderão ser maiores. Para incentivar e tentar fazer com que os usuários deixem as bicicletas em locais predefinidos pela empresa usará o que ela definiu como “gameficação” , um sistema de recompensas para premiar com bônus ou punir usuários.
As bicicletas que serão disponibilizadas pela Yellow são modelos mais simples, sem marchas, com quadros construídos em aço, selim com travas, pneus maciços ¨sem câmara de ar e todas equipadas com GPS e sistema para travamento. Por se tratar de modelos mais simples de baixo valor agregado e também pelo grande volume colocado à disposição dos usuários a operadora acredita que poderá inibir os furtos e possíveis depredações.
05 Abril 2018
Mobilidade