A prática esportiva e o lazer em duas rodas são um convite à contemplação e o que não faltam em Curitiba e na Região Metropolitana são circuitos de cicloturismo que aliam lazer, história, sustentabilidade e saúde.
“Pelo Programa de Desenvolvimento Produtivo Integrado da Região Metropolitana de Curitiba (Pró-Metrópole), os municípios estão empenhados em ofertar novos roteiros de cicloturismo que atraiam tanto os moradores das 29 cidades que integram a RMC como turistas, que teriam mais experiências para permanecer na região”, salienta Leverci Silveira Filho, secretário municipal de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Curitiba.
A criação de ciclorrotas turísticas, acrescenta o secretário da Prefeitura de Curitiba, é um desafio que deve envolver não apenas os praticantes da modalidade, mas também os gestores locais e do estado.
Em Curitiba, há aproximadamente 300 km de ciclovias que compõem o roteiro Curta Curitiba Pedalando. São passeios para serem percorridos de bicicleta por bosques e parques na região norte (17,5 km, nível II de dificuldade), na região sul (36 km, nível III), assim como o roteiro Jardim Botânico (16,5 km, nível I), Parque Barigui (13,6 km, nível II) e Zoo (19,8 km, nível III). As ciclorrotas estão disponíveis aqui.
Também não faltam circuitos próximos à capital. As ciclorrotas Nascentes do Rio Iguaçu é uma das mais famosas e o trajeto passa por Quatro Barras, Piraquara e Pinhais, que compõem o anel central da RMC. São mais de 42,1 km de extensão e o passeio contempla a visão da mata nativa, montanhas e um pouco das águas que formam o gigante Rio Iguaçu.
No trajeto, os amantes de bikes encontram trechos asfaltados, estrada de chão e devem se preparar para um nível médio de dificuldade em razão da elevação variada do terreno.
O Circuito Caetê Pedal Rio Branco do Sul, no Vale do Ribeira, é um trecho de 34 km e segue pela antiga via de ligação de Rio Branco do Sul a Cerro Azul, passando por paisagens com plantações nativas de araucárias, montes e rios, além de desfrutar a receptividade das pequenas comunidades de estradas rurais.
Há relatos antigos de que até mesmo a Princesa Isabel o percorreu nos tempos do império para ajudar no desenvolvimento de uma colônia agrícola localizada em Cerro Azul.
A rota que leva o nome Elas no Pedal homenageia um grupo feminino de ciclistas e o trecho oportuniza a passagem pelo município de Itaperuçu. O percurso tem 42 km e o cenário principal é a represa da localidade de Santa Cruz.
Prestes a ser lançada oficialmente, a ciclorrota Anel do Pinhão passa por dez municípios da Grande Curitiba, integrando as regiões de Madirituba, Tijucas do Sul, Rio Negro e Lapa. O passeio completo tem 230 km de extensão e dura em média 5 dias – dependendo da disponibilidade e preparo físico do ciclista.
O projeto da ciclorrota Anel do Pinhão foi desenvolvido pelo engenheiro Osvaldo Elias Soar e pelo arquiteto e urbanista Jordi Badia Pascua. “A nossa expectativa é a expansão da rede de hospedagem e alimentação, com o passar do tempo e conforme a demanda”, explica o engenheiro.
Antes mesmo do lançamento oficial, a ciclorrota Anel do Pinhão já está disponível no aplicativo Strava. A conclusão de todo projeto inclui a sinalização padronizada da Rede Brasileira de Trilhas e conta com colaboração da Agência de Desenvolvimento Turístico da Região Rotas do Pinhão (Adetur). Início e fim do circuito: Município de Colombo (PR) – Centro de Atendimento ao Turista – Parque Municipal da Uva, Rua Marechal Floriano Peixoto, 8771 – Centro.
fotos: divulgação
(Bem Paraná)
08 Março 2023
Mobilidade