Com base nos dados da Confederação Nacional de Transportes que aponta que das 1851 mortes de ciclistas no trânsito brasileiro, 30% ocorreram no Paraná, um grupo de estudantes de Arquitetura e Urbanismo criou um projeto que busca oferecer o máximo de segurança aos ciclistas e além disso permitindo o deslocamento por uma rota turística que liga Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo, as principais cidades do Oeste do Paraná.
O projeto, desenvolvido por um grupo de alunos da disciplina Investigação das Cidades da FAE Centro Universitário, foi batizado de ‘Cicloeste’ e tem como proposta central a exploração do cicloturismo na região, tomando como referência as Cataratas do Iguaçu reconhecidamente um destino internacional para o turismo, com mais de 2 milhões de turistas visitando o parque em 2019.
"A mobilidade sustentável poderia então explorar cidades do entorno que não tem essa valorização do turismo", acredita Lourdes Serbake, uma das estudantes do grupo, que conta com a participação de Lukasz Staniszewski, Paula Alano, Tabatha Saucedo, Giovana Martins Silva e Claudia Mimbela.
O grupo de estudantes foi além da ciclovia, e buscou pontuar as principais atrações turísticas de cada uma das três cidades e de outros cinco municípios que fazem a rota (Santa Terezinha de Itaipu, Medianeira, Vera Cruz do Oeste, São Pedro do Iguaçu e Santa Tereza do Oeste).
A proposta também destaca a importância da sinalização por toda a rota para chamar a atenção e alertar motoristas da circulação de ciclistas na ciclovia, com isso aumentando a sensação de segurança dos ciclistas.
Como além da mobilidade o projeto visa atender o turismo, os estudantes preveem a instalação de pontos de apoio – em média – a cada 25 quilômetros com espaço para descanso com fornecimento de água, maquinas de venda automática de alimentos e equipamentos para uma rápida manutenção.
"Chegamos nessa quilometragem por uma média do que um ciclista com alguma experiência consegue percorrer tranquilamente", explica Claudia Mimbela. O local também foi desenhado pelos alunos para ser o mais sustentável possível, inclusive equipado com placas fotovoltaicas para captação de energia solar.
Os planos dos alunos é ir além do projeto ‘Cicloeste’ e buscar que sua ideia sirva de base para outras políticas públicas para a mobilidade em bicicleta, por isso já levaram suas propostas a deputados estaduais ligados ao turismo e ao cicloativismo.
Foto: divulgação e Roy Bury-Pixabay
(Haus-Gazeta do Povo)
24 Fevereiro 2021
Mobilidade