Em cinco anos o governo londrino investirá mais de 3,264 bilhões de reais para incentivar e melhorar as condições do uso da bicicleta. O valor é quase o dobro do montante investido pelo prefeito anterior, Boris Johnson também um grande entusiasta do uso da bicicleta como meio de transporte.
O investimento recorde que a gestão de Sadiq Khan colocará à disposição dos usuários da bicicleta representa um valor médio de 17 libras/ano por cidadão, algo como R$ 72,30 reais ao ano por habitante, esse valor coloca a Londres no mesmo patamar de Amsterdã e Copenhague, cidades referência quanto ao uso da bicicleta como modal de transporte .
A informação foi divulgada nos primeiros dias do mês de dezembro de 2016 pelo TfL – Transporte para Londres, órgão responsável pela administração dos transportes públicos da cidade. Para se ter uma ideia da importância da bicicleta no orçamento das autoridades londrinas, o investimento representa 5,5% do orçamento do órgão.
O Sadiq Khan foi empossado em maio de 2016 e conseguiu obter um investimento recorde para que o londrinense possa se mover em bicicleta, durante a campanha prometeu "planos mais detalhados para tornar a bicicleta uma escolha segura e óbvia para londrinos de todas as idades e origens".
O investimento recorde vai ajudar londrinos a circularem pela cidade com maior rapidez, sem ter que usar um carro, o que irá beneficiar a saúde das pessoas, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar e incentivar uma mudança para a viagem mais saudável e ativa. O novo plano também irá incluir benefícios substanciais para pedestres com novos cruzamentos e calçadas maiores.
Khan também se comprometeu a dar continuidade ao projeto das Cycle Superhighways – as super ciclovias – que na gestão anterior foram duramente criticadas pela falta de coordenação no desenvolvimento do projeto. O prefeito disse que aprendeu com os erros do passado recente, e já se comprometeu a fazer uma consulta publica para levar adiante as novas rotas das super-ciclovias CS4 Tower Bridge e CS9 Olympia-Hounslow
Com esse orçamento bilionário a prefeitura londrina pretende atingir a marca de 1,5 milhões de viagens em bicicleta por dia até 2025/26, para isso o projeto prevê a ampliação das conexões com outros modais (como metrô e ônibus) e a conclusão, ainda em 2017 da segunda fase da super-ciclovia Norte-Sul entre Farringdon e Kings Cross. O projeto também inclui a extensão da super-ciclovia Leste-Oeste de Lancaster Gate e trabalhar para entregar Ciclo Supervia 11 de Swiss Cottage para o West End.
O projeto cortará a cidade e ampliará a malha cicloviária, além disso promete reduzir as lacunas deixadas pela administração anterior aonde muitas ciclovias não se conectavam, o novo projeto procura a conexão principalmente no centro de Londres.
Ao que parece não vai faltar dinheiro para cumprir as promessas de Khan que durante a sua campanha se comprometeu a triplicar a extensão de ciclovias protegidas de Londres, corrigir os cruzamentos mais perigosos e aumentar a interligação entre bairros para implementar grandes rotas para incentivar o cidadão a caminhadas e ao uso da bicicleta. O que sem duvida isso contribuirá para tornar Londres uma cidade melhor, mais verde, mais saudável e menos congestionada.
O exemplo londrino merece ser olhado com atenção pelas cidades brasileiras que implantaram sistemas cicloviários , os erros cometidos por lá se repetiram por aqui, porém os novos projetos londrinos incluem consultas aos moradores impactados pelos novos projetos e uma participação ativa de toda a comunidade e principalmente uma gestão adequada de todo o processo.
Fonte: Mayor of London
( Mayor of London)
09 Janeiro 2017
Mobilidade