INICIATIVA PRIVADA PODERÁ CUIDAR DAS CICLOVIAS PAULISTANAS
A cidade de São Paulo tem atualmente uma malha cicloviária de 498,4 km dividida entre ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas e a nova gestão tomou muita prudência para tratar das diretrizes que serão adotadas para o próximo quadriênio. A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes - SMT – já fala em expansão de vias e aponta o novo, e provável, caminho a ser adotado: a parceria com a iniciativa privada.
O exemplo para expansão e manutenção das vias utilizadas pelos ciclistas siga os moldes já utilizados pela cidade com algumas praças, com empresas adotando o equipamento público.
O novo secretário Municipal de Transportes e Mobilidade, Sergio Avelleda acredita na bicicleta como alternativa para melhorar a mobilidade nas grandes metrópoles, com isso aponta os possíveis caminhos a serem adotados pela prefeitura: “Pode ser desde uma adoção até a concessão com possibilidade de exploração econômica como publicidade”, comentou o secretário. Parcerias já em funcionamento, como o Bike Sampa para compartilhamento de bicicletas, patrocinado pelo Banco Itaú desde 2012 poderão ser ampliadas.
Ainda não há detalhes sobre planos de expansão ou áreas que deverão ser beneficiadas, porém especialistas apontam que a manutenção das ciclovias é um grande desafio para a gestão pública, isso se confirma com os dados publicados no final 2015 publicados pelo IPTD – Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento – aonde apontam que a quantidade de quilômetros de infraestrutura não significa que as regiões estejam sendo atendidas quer seja em garantias de segurança, atratividade ou utilidade para deslocamentos.
E para acalmar os ânimos e como resultado da pressão popular quando da chegada de João Doria à prefeitura de São Paulo quando se cogitou o fim de algumas ciclovias a nova gestão mostra uma posição à negociação com os movimentos de cicloativistas o o secretário Velleda deixou isso nas entrelinhas ao comentar : “Não temos metas para construir ou retirar ciclovias, pois tudo será feito após um amplo dialogo com a sociedade e isso não significa que vamos retirar a ciclovia”.
A secretaria também está trabalhando na integração da bicicleta com outros modais, a ideia é possibilitar os deslocamentos integrados com bicicleta e ônibus, atualmente a cidade na cidade é possível carregar uma bicicleta nos ônibus biarticulados e fora dos horários de pico. Uma das concessionárias de transporte já apresentou o protótipo de um ônibus que pode carregar até cinco bicicletas por viagem
Fotos: Embarq Brasil/WRI Brasil Cidades Sustentáveis-Visualhunt.com
(Valor)
07 Fevereiro 2017
Mobilidade