Uma pesquisa inédita revela que a população goianiense mudou o comportamento em relação à mobilidade urbana desde 2000. Os adeptos da bicicleta eram 4,2% naquele ano e somaram 12% em 2019, de acordo com levantamento da Universidade Federal de Goiás. Por outro lado, a opção por ônibus coletivos como meio de transporte caiu. Os carros se mantiveram em constante crescimento.
Os custos e a qualidade do serviço público são parte da explicação para essa nova configuração. O trânsito caótico e um estilo de vida mais saudável entram na conta de muitas pessoas, mas para alguns a distância entre casa e trabalho é ainda um impedimento para o uso da bicicleta.
Esses fatores ajudaram a reduzir a quantidade de pessoas que usam os ônibus na capital e região metropolitana. O número de passageiros foi reduzido de 37,7% para 37,1%
De acordo com a pesquisa, o transporte individual ganhou espaço (de 35% para 59,6%) entre 2000 e 2019 na capital. Os dados da pesquisa de mobilidade foram coletados de 9.130 respostas registradas entre março a novembro de 2022. A maior parte dos participantes é de Goiânia (88,1%), Aparecida de Goiânia (7,5%), Senador Canedo, Trindade e Goianira.
O estudo utilizou o ano de 2019 como base, devido à grande variação dos dados que ocorreu durante a pandemia, mas os dados e projeções mostram que o modelo foi bastante assertivo com relação a retomada da mobilidade no município, na comparação com os dados já disponíveis de 2022.
A estatística foi resultado do levantamento coordenado pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) e teve contribuições da Secretaria Municipal de Mobilidade de Goiânia, Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo, Secretaria de Tecnologia e Inovação de Goiânia e REDEMOB.
Neste ano, Goiânia deve receber dez ciclovias que acrescentarão 50 quilômetros à malha cicloviária da cidade.
(Diário do Estado)
12 Junho 2023
Mobilidade