Passados dois anos desde que a França introduziu o sistema de reembolso para quem utiliza a bicicleta em seu deslocamentos ao trabalho. Os números são muito positivos e mostram um amento de 70% na quantidade de funcionários que se deslocam ao trabalho em bicicleta, nas empresas que implementaram o sistema.
As empresas são incentivas a reembolsar os funcionários que fazem seus deslocamentos ao trabalho em bicicleta, e isso mostra-se vantajoso tanto para empregadores como empregados.
Mais ciclistas, menos licenças médicas e economia tanto para empregadores como para empregados. De acordo com um estudo realizado pelo IKV ou observatório da compensação quilométrica em bicicleta –órgão que monitora o sistema adotado na França.
O sistema foi adotado há pouco mais de dois anos, como parte da Transição Energética para o crescimento verde, introduzido na França em agosto de 2015, o esquema foi criado para ajudar os empregadores a reembolsar funcionários que fizessem seus deslocamentos casa-trabalho-casa de bicicleta, com uma lei estatutária sendo estabelecida em 11 de fevereiro de 2016, com uma taxa de remuneração estabelecida em 29 centavos de euro por quilômetro (ao câmbio atual é algo como R$ 1,32) .
Ao realizar uma pesquisa entre 57 empregadores que haviam implementado o sistema dentro de suas próprias empresas, o Observatoire revelou que o número de empregados que trabalhavam de bicicleta passou de 8% para 10% em dois anos, o que equivale a um aumento de 31% desde a implementação do sistema
Ao olhar para as estatísticas de empresas e ONG’s do setor ambiental isoladamente - onde 90% dos funcionários já usavam a bicicleta antes da lei - o aumento é ainda maior: o número de ciclistas aumentou de 3% para 5%, um salto de 69,2%
Os resultados do estudo mostram que as empresas que implementaram o sistema tiveram um impacto positivo - não apenas em sua imagem pública, mas em redução de custos com estacionamento e despesas de transporte - para não mencionar a melhoria na satisfação dos funcionários.
O custo total do sistema, também é relativamente baixo. Isso ocorre porque o esquema está isento de contribuições para a seguridade social por até 200 euros (R$ 908) por ano por empregado e a maioria dos empregadores nem chega a esse valor.
Esse esquema custa ao estado francês quase 190 milhões de euros (860 milhões de reais) por ano, mas, de acordo com o estudo do Observatoire, isso é quase imediatamente compensado pela economia nos gastos com saúde.
E, além disso, o estudo descobriu que os funcionários que pedalam encontram-se, como é se de esperar, em melhores condições de saúde física e psicológica. Como resultado, aqueles que pedalaram de em seus deslocamentos casa-trabalho-casa acabaram contribuindo para uma redução de 15% na quantidade de licenças médicas, bem como uma redução no estresse, causada pelas condições das estradas e pelos custos de dirigir um carro.
Fotos: Dan Kitwood/Getty Images e Francisco M./Visualhunt
(Business Insider.fr)
10 Julho 2018
Mobilidade