A primeira semana de agosto trouxe uma importante notícia para os cidadãos paulistanos, e se tudo se concretizar, o plano cicloviário da Prefeitura de São Paulo poderá no futuro garantir a melhoria da mobilidade, afinal, O projeto prevê ampliação da rede cicloviária e a conexão a terminais de ônibus e estações de metrô e trem. Também está incluída no plano a requalificação e criação de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, levando-se em conta as características e volume de tráfego da via; implantação de estruturas de acalmamento de tráfego onde forem implantadas ciclorrotas e melhoria da infraestrutura de apoio ao ciclista aonde bicicletários e paraciclos são fundamentais.
Segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes o novo plano tem por objetivo reconhecer a bicicleta como um meio de transporte, para isso a cidade deverá receber uma rede cicloviária abrangente, segura e integrada.
Segundo dados oficiais,, a cidade de São Paulo conta com aproximadamente 498,3 quilômetros de malha cicloviária permanente – sendo 468 km de ciclovias (estrutura elevada em relação ao viário) e ciclofaixas (via com pintura vermelha no asfalto) e também 30 km de ciclorrotas, estruturas com sinalização pintada no asfalto e placas indicando rota para ciclistas, em espaço compartilhado com veículos.Até 2028, a previsão é de ter mais 1.420 quilômetros de rede cicloviária.
Segundo o prefeito Bruno Covas: “O novo plano vai trazer racionalidade ao sistema. A ampliação da malha cicloviária será feita de forma gradativa, atendendo as necessidades da população. O objetivo é tornar a utilização da bicicleta uma alternativa segura, além de oferecer conectividade a vias estruturais e o sistema de transporte público” avalia o prefeito Bruno Covas.
O plano apresentado prevê hierarquizar a rede cicloviária em Estrutural, Regional e Local para isso serão consideradas as características da cidade e o volume de veículos motorizados na via:
Para os técnicos da prefeitura a Rede Estrutural: É composta pelas principais ligações cicloviárias da cidade, com percursos maiores. É formada principalmente pelos eixos: Norte, Sul, Leste e Oeste, e dois anéis: o maior, o Minianel Viário, composto pelas marginais, avenidas dos Bandeirantes, Tancredo Neves, Juntas Provisórias e Salim Farah Maluf; o anel menor, na região Central, chamado de “Rótula”, além de uma rede que permeia toda da cidade. A rede estrutural será constituída prioritariamente por ciclovias, ou seja, vias segregadas do leito em que circulam os carros, como já ocorre, por exemplo, na Av. Faria Lima.
A Rede Regional será composta pelas estruturas de ligações entre comércio, serviços, transporte e lazer com a função de conexão entre os eixos estruturais. Tendo a predominância de ciclofaixas.
Vias que conectam a rede regional aos bairros e às áreas de interesse local, formam a Rede Local. As ciclorrotas serão fundamentais em ruas com baixo volume de veículos e para torna-las aptas para o deslocamento de ciclistas receberão intervenções na via induzindo à redução de velocidade, como a construção de faixas de pedestres elevadas.
O secretário Municipal de Mobilidade e Transportes, João Octaviano Machado Neto, defende o estímulo do uso da bicicleta como alternativa para parte dos deslocamentos dos paulistanos. “Queremos dar a máxima utilidade às ciclovias existentes, promovendo a interligação da malha cicloviária com terminais de ônibus, do Metrô e da CPTM”.
João Octaviano destaca que o novo plano cicloviário também prevê a implantação de infraestrutura para que o ciclistas possam guardar sua bicicleta e utilizar o transporte público, também constam do projeto cabines para que o ciclista possa trocar de roupa ou tomar banho.
Além dos terminais da SPTrans que já possuem bicicletários, a proposta prevê o incentivo à instalação desses equipamentos em estações da CPTM e do Metrô, para que o ciclista possa combinar modais em seus deslocamentos.
Fotos: Leon Rodrigues-SECOM e Fábio Arantes/SECOM
(Secretaria Especial de Comunicação-SP)
08 2018
Mobilidade