Aos 53 anos de idade o cubano Félix Guirola vem construindo bicicletas que se destacam de modelos tradicionais pela altura do quadro. O
primeiro modelo elevado com 1,70 metro de altura foi fabricado para ser utilizado no carnaval de 1981. Desde então, os quadros construídos de forma artesanal e dentro das limitações de material encontradas em seu país foram crescendo, passando por modelos de 2,5 metros, de 3m, 3,6m, 4m, 6m, e finalmente aos 7,5 metros do modelo com o qual tentou estabelecer o novo recorde para o Guiness Book. Porém o cubano não conseguiu atingir o objetivo pois a bicicleta se quebrou durante em a um teste.
Guirola tenta superar a marca de 6.15 metros do estadunidense Richi Trimble que sua bicicleta denominada Stoopidtalle. Apesar de disputarem o destaque no Guinnes Book, ambos são amigos, e Trimble foi no mês de Abril para a cidade de Havana auxiliar Guirola na montagem da bicicleta.
O gosto em comum por pedalar “nas alturas” quebrou barreiras e se transformou em uma estreita amizade com cada um tatuando na sua perna uma bicicleta construída pelo outro.
O último encontro gerou um convite de Trimble e em breve é provável que o cubano vá para Detroit nos Estados Unidos para construir uma bicicleta maior, com uma medida entre 12 ou 15 metros.
Nos Estados Unidos, Félix espera conseguir trabalhar com matérias mais nobres como o alumínio, a fibra de carbono e o titânio - impossíveis de se conseguir na ilha, o que permitiria construir bicicletas mais leves, estáveis e seguras, já que em Cuba utiliza tubos de aço e muitas vezes reciclando quadros antigos trabalhando na oficina de um amigo soldador.
"Minhas bicicletas são compostas com quadros chineses, e o resto é são pedaços de grades, barras de aço de construção e tubos de andaimes. Os aros das rodas são russos dos anos 80", explicou.
Diariamente é possível encontra-lo pelas ruas da Havana Vieja pedalando a bicicleta de 3 metros de altura; Guirola garante que com ela é possível atingir uma velocidade de quase 50 km/h. “Na hora de ganhar velocidade a questão é romper a inércia, é pedal, pista e nada de nervos. Não tenho fobias, a altura me fascina". Comentou o ciclista que com uma de suas bicicletas “elevadas" chegou a fazer o trajeto de 110 km entre as cidades de Camagüey e Ciego de Ávila, na região central de Cuba.
(agência EFE)
25 Maio 2017
Mobilidade