COMUNIDADE DE RECIFE RECEBE BICICLETAS COMPARTILHADAS

COMUNIDADE DE RECIFE RECEBE BICICLETAS COMPARTILHADAS

Os cerca de 4 mil moradores da comunidade Caranguejo Tabaiares, localizada entre os bairros de Afogados e Ilha do Retiro, na Zona Oeste do Recife, poderão usufruir de um sistema compartilhado que disponibiliza 20 bicicletas que poderão ser utilizadas gratuitamente.

O projeto desenvolvido pela AMECICLO (Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife),  recebeu o nome de Bota pra Rodar e começou há pouco mais de um ano com a coleta de 40 bicicletas antigas ou que estavam esquecidas por seus usuários; nem todas as bicicletas puderam ser aproveitadas, algumas apenas serviram para fornecer peças para serem utilizadas em outras bicicletas. A segunda parte do projeto envolveu 23 jovens da comunidade que aprenderam a montar, reparar e pintar as bicicletas. Muitos destes jovens assumiram a responsabilidade de fazer a manutenção das bicicletas do projeto e por sua função de destaque e participação ganharam suas bicicletas.

A implementação do sistema foi financiada pelo Fundo Socioambiental Casa, organização que apoia projetos que buscam incentivar o desenvolvimento sustentável em comunidades de base e destinou ao Bota pra Rodar uma verba de R$ 30 mil para a compra de peças, produção de material gráfico, montagem das estações, pagamento dos coordenadores.

Para a utilização das bicicletas, os moradores da comunidade devem fazer o cadastro na biblioteca comunitária, aonde haverá um livro de registro. Quem quiser usar uma bicicleta, faz o registro, se identifica e recebe a chave da bicicleta para destravar o cadeado e tem um prazo para devolução de 24 horas, quem pegar uma bicicleta no final de uma sexta-feira, passará o final de semana com a bicicleta.

O projeto Bota pra Rodar é desafiador, envolve profundamente o sentimento de cidadania e coletividade de toda a comunidade Caranguejo Tabaiares que recebeu dois bicicletários equipado com estação de reparos,  cada um com 10 bicicletas. Não há penalidade por atrasos, roubo ou outro problema. A proposta é a de despertar a consciência de cada morador aonde cada um é responsável pelo equipamento.

Para Daniel Valença, um dos coordenadores da AMECICLO e do Bota pra Rodar, a proposta é de que com o tempo a comunidade assuma o projeto.  “Vamos continuar dando assistência voluntária à comunidade, este ano, mas a ideia é que os moradores tomem conta do projeto que queremos levar a outras áreas”, declarou apontando que já busca novos patrocinadores para desenvolver ações similares em outras Zonas Especiais de Interesse Social – também conhecidas pela sigla ZEIS

Fotos: AMECICLO

(Jornal do Comércio/AMECICLO)

Admin

17 Março 2017

Mobilidade

Comentários

Destaque

Alunos da Universidade Federal do Espirito Santo – UFES - estudaram por mais de 4 meses as ciclovias de Vitoria. O resultou em quatro projetos que foram apresentados no seminário E aí, vamos de Bike?