As nove cidades que integram a região da Baixada Santista tem uma estrutura cicloviária com 320 km e praticamente em todas as cidades há planos de expansão
Nas cidades que compõem a Baixada Santista, no litoral de São Paulo, a bicicleta está integrada ao dia a dia dos cidadãos. Em algumas cidades ela é um dos modais mais utilizados nos deslocamentos casa-trabalho-casa, além disso as ciclovias na orla tem atraído muitas pessoas para a prática desportiva.
A cidade com maior rede cicloviária da Baixada é Praia Grande, atualmente com 95,8 km de ciclovias e ciclofaixas. A prefeitura acaba de revitalizar ciclovias no Bairro Antártica e nos próximos meses pretende atingir a marca de 100 km de vias exclusivas para a bicicleta, além disso novos paraciclos estão sendo instalados em novos pontos da cidade.
Dados coletados pela prefeitura da Praia Grande estimam que um terço da população possua bicicleta e que estas em geral a utilizem diariamente como meio de transporte, assim são aproximadamente 100 mil pessoas se deslocando a pedal pela cidade.
Santos tem a segunda maior rede cicloviária, com 47,1 km em operação e mais 4,5 km em obras. Segundo estimativas da prefeitura são mais de 35 mil viagens por dia. Os locais mais congestionados nos horários de pico são a travessia da Balsa para Guarujá e a divisa com São Vicente, nesses pontos o movimento chega a atingir 4 mil ciclistas/hora.
Fazendo divisa com a cidade de Santos, a cidade de São Vicente possui 12 quilômetros entre ciclovias e ciclofaixas, distribuídas entre a área insular e a área continental. Estima-se que diariamente mais de 100 mil pessoas façam seus deslocamentos para transporte ou lazer. A prefeitura está elaborando um projeto para a implantação de uma ciclovia com 1,2 km para atender a demanda dos ciclistas que transitam em uma das divisas entre São Vicente e Santos.
Em Peruíbe, a malha é de aproximadamente 60 km, sendo 40 km de ciclovias e 20 km de ciclofaixas, com projetos de ampliação para os próximos dois anos. A cidade tem apostado no turismo com bicicleta com trabalho de monitoria ambiental especializada em cicloturismo em trilhas e praias, além disso há a disposição do turista a Juréia Biker’s que é uma agência de receptivo para ciclistas, com um hostel e todo suporte aos cicloturistas.
No Guarujá, a estrutura é de 41 km – 25,1 quilômetros de ciclovias e 15,9 km de ciclofaixas. A prefeitura já elaborou seu plano de Mobilidade Urbana visando o melhoramento e a segurança aos meios de transporte utilizados na região, incluindo também estudos para ampliação da malha cicloviária.
O município de Bertioga possui cerca de 21 km de ciclovias, mas o Plano de Mobilidade Urbana prevê o aumento da malha cicloviária e já estão em em implantação as ciclovias nas orlas do Jardim Rio da Praia, Jardim Vista Linda e Av. Engenheiro Arquiteto Eduardo Correa da Costa, com isso em breve a cidade ganhará mais 4 quilômetros de vias dedicas à bicicleta.
A cidade de Mongaguá, dispõe de uma estrutura com 18,3 km, sendo que mais de 8 quilômetros de ciclofaixa estão longo de grande parte da orla, às margens da Avenida Governador Mario Covas Junior (Avenida do Mar). Atualmente, a prefeitura está trabalhando no projeto de ampliação que no futuro pretende interligar as duas divisas do município com a Praia Grande e Itanhaém.
Além das ciclofaixas , o município conta com 9,5 Km de ciclovia na Avenida Monteiro Lobato, principal via do lado morro da cidade, abrangendo desde a região central até a divisa com Itanhaém; e outros 850 metros na Avenida Marina, corredor comercial da região central.
Cubatão é a cidade com maior impacto indústrial na região, e atualmente tem 14,8 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas que atendem diariamente 13 mil ciclistas (segundo a pesquisa de origem e destino realizada pela EMTU em 2012). O plano de expansão da estrutura cicloviária de Cubtão prevê que até 2026 a cidade tenha superado a marca de 43 km de ciclovias .
Em Itanhaém são 10 quilômetros de ciclovia e ciclofaixas e já há projetos para que essa estrutura seja mais do que dobrada, ganhando mais 15 km. A cidade criou uma rota cicloturistica e alguns projetos esportivos para incentivar o uso da bicicleta.
(Diário do Litoral)
15 Fevereiro 2019
Mobilidade