O sistema de compartilhamento de bicicletas de Curitiba tem pouco mais de três meses de funcionamento, e já sinaliza que os moradores da capital paranaense aproveitam, sempre que possível se deslocar em bicicleta pela cidade que atualmente tem 50 estações com 500 bicicletas – sendo metade e-bikes e a outra metade bicicletas tradicionais. O sucesso fica por conta no crescimento no número de usuários – e isso também se dá graças à integração intermodal com o transporte público.
Entre julho e outubro de 2023, a empresa operadora do sistema em Curitiba já registrou 265 mil deslocamentos, totalizando cerca de 650 mil km rodados com as bicicletas compartilhadas. O número de usuários ativos aumentou em 178% em comparação com o primeiro mês de funcionamento.
“Percebe-se que a população usa as bicicletas, principalmente na área calma, onde as velocidades não ultrapassam 40 km/h. É recente, mas vemos que as bicicletas caíram no gosto do curitibano”, comenta a superintendente de trânsito de Curitiba, Rosângela Battistella.
As vantagens do uso das bicicletas estão no custo e na rapidez nos deslocamentos, como explica Robson Rocha, estudante da UTFPR e usuário frequente do sistema: “Eu estudo na UTFPR, em frente a ela tem uma estação. Uso bastante, comprei o plano de 30 dias. Vou pela ciclofaixa, dá oito minutinhos até lá. Antes eu ia a pé, levava em torno de 35 minutos, ou de ônibus, mas ficava mais caro. Agora é só oito minutos e é muito seguro”.
Estações
Os locais das estações foram previamente definidos em conjunto pela empresa operadora do sistema e técnicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e da Superintendência de Trânsito (Setran), que além do Plano Cicloviário da cidade, avaliaram critérios como proximidade à infraestrutura cicloviária, possibilidades de maior demanda e respeito às questões urbanísticas da cidade.
O projeto tem como objetivo conectar diferentes modais, estando próximo a importantes conexões com o transporte público por estações-tubo e terminais como Cabral, Portão, Guadalupe e Campina do Siqueira, além da Estação Rodoferroviária.
Cidade inteligente e saudável
No mês de novembro, Curitiba recebeu o prêmio de cidade mais inteligente do mundo, principal categoria do World Smart City Awards. Entre as iniciativas da prefeitura que possibilitaram o recebimento da premiação, as bicicletas desempenham um grande papel.
O também estudante Thiago Oliveira Marinho comenta sobre como a iniciativa auxilia no deslocamento de grandes distâncias. “Eu me locomovo bastante, tenho que andar em distâncias mais longas, então preferi pelo aluguel da bike. Como tem pontos das bicicletas perto dos lugares que eu vou, está sendo muito bom para mim, elas me poupam boa parte do tempo que eu levava andando a pé. Foi uma ótima ideia essas bicicletas aqui no Centro”.
Além do deslocamento, as bicicletas compartilhadas possibilitam aos curitibanos atividades de lazer e exercícios físicos. Das 50 estações da cidade, as mais utilizadas são Parque Barigui I e II, Parque São Lourenço, Praça 19 de Dezembro e Igreja do Portão.
“Ela é um meio de transporte limpo e é um incentivo à atividade física para os curitibanos. E ainda ajuda bastante a desafogar o trânsito, ter essa opção de você pegar a bicicleta em vários lugares é muito bom”, completa Thiago.
Foto: Levy Ferreira/SMCS
(Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito-Curitiba)
23 Novembro 2023
Mobilidade