A WIBA - Associação Mundial da Indústria de Bicicleta, nesta terça-feira (31/03) emitiu um comunicado solicitando a que todos os países autorizem e mantenham o funcionamento de serviços de mecânica e reparos de bicicletas durante a pandemia de Covid-19
A entidade com sede na Suíça, foi fundada em 2017 e representa fabricantes de bicicletas e e-bikes, componentes e acessórios dos Estados Unidos, Japão, do bloco da União Europeia, Índia, Japão, México, Rússia e Taiwan.
Na declaração pública, a WIBA aponta: "No contexto da disseminação do COVID-19 em todo o mundo, o uso das bicicletas e bicicletas elétricas a pedal assistido - sempre com total respeito às regras oficiais de proteção à saúde pública - deve ser incentivado", traz em destaque o comunicado.
Segundo Morten Kabell, CEO da ECF - European Cyclist Federation: "Nas bicicletas, as pessoas mantêm a distância necessária para evitar o contagio. Elas também têm muito menos probabilidade de tocar objetos potencialmente contaminados no espaço público. Para minimizar o risco de infecção, o ministro federal da saúde da Alemanha, Jens Spahn, mencionou o uso da bicicleta para ir ao trabalho como uma das recomendações à população de seu país. Em uma observação mais ampla, a atividade física regular, como andar de bicicleta, ajuda a manter o sistema cardiovascular e os pulmões saudáveis, prevenindo doenças e protegendo o corpo de infecções. Portanto, é importante que as pessoas possam continuar pedalando durante a crise e são capazes de encontrar ajuda caso precisem consertar sua bicicleta ", destaca o comunicado.
O presidente da Conebi – Confederação Europeia de Fabricantes de Bicicletas destacou: “As oficinas de reparo de bicicletas fornecem um serviço básico à população e permitem que a mobilidade minimizadora de riscos continue onde for mais necessário. Portanto, acho que eles precisariam permanecer abertos durante esses tempos difíceis, é claro de uma maneira que proteja a saúde de funcionários e clientes. ”.
Alguns dias antes desta declaração mundial da WIBA , a italiana Alessandra Moretti e o alemão Ismail Ertug, eurodeputados que trabalham em um grupo que envolve estudos de mobilidade e saúde, apoiaram a ideia que começou a circular na Europa, e emitiram a seguinte declaração: "Antes de mais, gostaríamos de dizer que somos profundamente solidários a todos aqueles que contraíram o vírus e suas famílias. Queremos estar próximos deles e admiramos o trabalho de médicos e enfermeiros em toda a Europa que estão fornecendo um serviço corajoso de importância vital para a saúde pública de milhões de cidadãos europeus.
Embora respeitando plenamente as diferentes leis nacionais de viagens nos Estados-Membros da União Europeia, acreditamos que a necessidade de mobilidade comprovada para ir trabalho deve ser tratada - sempre que possível - de maneira a permitir maior distanciamento social, como caminhar ou pedalar umabicicleta, observando que o o transporte público apresenta alguns riscos adicionais. Por esse motivo, as oficinas de reparos de bicicletas, com as devidas precauções de saúde necessárias e adequadas, deveriam permanecer abertas para permitir que todos andem com segurança, favorecendo assim menos risco de infecção ", concluiram.
A sugestão da Wiba e as declarações dos eurodeputados e membros da ECF que ecoam pelo mundo vão de encontro a muito do que estamos vivenciando no país, onde alguns Estados como São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Rio de Janeiro e a cidade de Curitiba estão liberando o trabalho de oficinas mecânicas com comercialização de peças restritas à manutenção e atendimento a portas fechadas.
Em todo mundo a bicicleta tem se mostrado veículo de grande valor no trabalho para vencer o coronavírus, mostrando um papel de relevância e de grande alivio econômico para pessoas que a utilizam como ferramenta de trabalho, no caso dos entregadores e para aqueles que precisam trabalhar e optam por um meio de transporte que possibilita um distanciamento, evitando o contagio.
(radmarkt)
31 Março 2020
Mobilidade