SÃO PAULO: NOVO MODELO DE COMPARTILHAMENTO COM USO DO BILHETE ÚNICO

SÃO PAULO: NOVO MODELO DE COMPARTILHAMENTO COM USO DO BILHETE ÚNICO

Prefeitura da cidade de São Paulo quer aumentar a oferta colocando 10 mil bicicletas, levar a oferta para as periferias da cidade e ainda aproveitar o bilhete único como forma de pagamento no novo sistema

 

O prefeito da capital paulista, João Doria assinou no mês de setembro (21/09) decreto que regulamenta o sistema de compartilhamento de bicicletas na cidade de São Paulo. Segundo informações oficiais novo formato trará melhorias, como a expansão do sistema de forma a atender todas as regiões da cidade, com mais locais de retirada e devolução das bicicletas. Também está prevista uma maior conexão com o sistema de transporte público.

O novo sistema adotaria aplicativos de celulares para liberação das bicicletas, seguindo uma tendência dos modelos chineses que o prefeito conheceu em sua última viagem ao Oriente. “Voltamos muito animados depois da viagem à China com as experiências nas grandes cidades chinesas. Isso aumentou ainda mais o nosso ânimo e a vontade de expandir o programa na cidade”, disse.

O novo modelo a ser adotado pela administração pública permitira a operação de bicicletas com ou sem estações, por uma ou mais operadoras, desde que atendam às diretrizes estabelecidas no Decreto e às exigências das regulamentações suplementares. As empresas que já operam os sistemas terão 180 dias para aderir às novas regras do decreto.

Segundo a prefeitura o novo sistema trará melhorias à população, segundo o decreto:

- Empresas que operarem o serviço na região central terão de oferecer bicicletas também em bairros mais afastados. Atualmente o compartilhamento de bicicletas está concentrado no Centro e na Zona Oeste da cidade;

- As operadoras do sistema também vão precisar instalar estações de retirada e de devolução de bicicletas próximas a terminais de ônibus municipais e estações de Metrô e da CPTM, além de promover a interligação à rede cicloviária municipal.  Atualmente, muitos desses locais de retirada ainda não oferecem essa integração;

- Todas as operadoras que participarem do sistema precisarão garantir liberação das bicicletas aos usuários também por meio do Bilhete Único;

- As bicicletas poderão ficar alocadas em estações próprias dos operadores, bicicletários, ou paraciclos. A implantação desses locais deverá atender às regras da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU);

- As empresas credenciadas para operar os sistemas terão de fornecer os equipamentos obrigatórios, nos termos da legislação aplicável;

- Entre as novas diretrizes para compartilhamento de bicicletas estará o estímulo à integração entre os sistemas de maneira a não segmentar as diferentes redes de operação;

- Será preciso também criar uma ferramenta de avaliação para os usuários, além de fornecer comprovante eletrônico contendo informações como origem e destino da viagem, tempo total do percurso e o preço total pago. Hoje, o usuário recebe um comprovante apenas com o valor pago pelo uso da bicicleta;

Apesar da divulgação o plano ainda não tem uma data prevista para a sua colocação em funcionamento, um dos motivos está na preocupação da Prefeitura com os locais aonde as  bicicletas serão deixadas, afinal o sistema não prevê estações  para guardá-las. "Nós teremos muito cuidado com isso para que as calçadas não sejam afetadas na sua acessibilidade, para que os pedestres não tenha diminuída a sua acessibilidade". Declarou o secretário de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda que acredita que possam ser utilizadas áreas delimitadas para o estacionamento das bicicletas.  “As estações próximas aos terminais nos bairros mais afastados do Centro também poderão contar com o serviço de forma diferenciada. O usuário, por exemplo, poderá pegar a bicicleta no terminal, ir com ela para casa e devolver no dia seguinte. Esse conceito é chamado de última milha, ou seja, o último trecho do trajeto realizado pelo transporte não motorizado”, explica Sérgio Avelleda.

A Prefeitura exigirá das operadoras a coleta de dados relativos às viagens e informações que serão revertidas no desenvolvimento de políticas públicas do sistema cicloviário. As bicicletas terão de ser padronizadas com identidade visual própria que permitam a identificação tanto por parte dos usuários, quanto da fiscalização. O sistema obriga as empresas credenciadas a desenvolverem novas tecnologias para aperfeiçoar o sistema. Em contrapartida os operadores poderão explorar a publicidade nas bicicletas e nos espaços delimitados para o estacionamento das bicicletas,

O modelo jurídico definido pela Secretaria Municipal de Transportes  foi a permissão mediante credenciamento de Operadoras de Tecnologia de Transporte Credenciadas (OTTCs). Ainda não foram publicados os parâmetros para o credenciamento das operadoras e nem os preços a serem cobrados pelo uso do sistema pelo cidadão e nem quanto a prefeitura receberia

Fonte: Prefeitura de São Paulo

Foto: Heloisa Ballarini/Secom

(Prefeitura de São Paulo)

Admin

09 Outubro 2017

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