Atualmente as e-bikes estão alavancando o mercado europeu com números impressionantes de vendas, mas qual seria overdadeiro potencial desse mercado? Uma importante publicação do setor, a Bike Europe, levantou junto a especialistas que as vendas de bicicletas elétricas poderiam triplicar nos próximos 5 anos.
Há quem garanta que se trata de uma estimativa modesta e de que haveria fôlego para muito mais ao se analisar o crescimento das vendas nos maiores mercados da Europa. Apenas na Alemanha, o crescimento no primeiro semestre de 2019 foi de 37%, ao todo foram comercializadas 920 mil bicicletas elétricas, o que representa praticamente a mesma quantidade do total comercializado ao longo de 2018. Na vizinha Holanda, de janeiro a agosto deste ano, as vendas deram um salto de quase 36%.
Desses números surge o otimismo, pois mesmo em mercados maduros, a popularidade das e-bikes tende a crescer ainda mais, mesmo por quê, ainda há muitos países da U.E. (União Europeia) onde o mercado ainda é incipiente e por isso muita gente do setor está apostando que o mercado deverá triplicar em 5 anos.
Quem endossa essa estimativa é a CONEBI – Confederação da Indústria Europeia de Bicicleta. Segundo seu principal diretor, Manuel Marsilio, é preciso levar em conta que no ano passado foram comercializadas em toda Europa 2,5 milhões de e-bikes e que o tamanho do mercado em 2025 será de aproximadamente de 7 milhões de unidades.
Porém há quem sugira que a previsão da CONEBI é conservadora, pois acreditam que nesse mesmo período a participação das e-bikes nas vendas totais de bicicletas no velho continente aumente para 50%. Somando-se esses volumes ao total de vendas de bicicletas anuais em cerca de 20 milhões de unidades, resultando em mercado total de cerca de 10 milhões de e-bikes o que seria quadruplicar o mercado.
Nisso há um dado importante que sinaliza o deslocamento da produção, ou o retorno desta para a Europa, pois desse volume, estima-se que 70% seria produzido na própria União Europeia.
Em conjunto com esse otimismo é preciso entender que atualmente o mercado já está passando por alguns gargalos na cadeia de suprimentos para a montagem de e-bikes. A começar pelos quadros de alumínio – com cada vez mais fábricas europeias passando a produzi-los, mas o problema se estende também às baterias e aos sistemas eletrônicos de comando. Sabe-se de grandes investimentos para produção desses componentes e de motores na Europa, com cada vez mais empresas se voltando para o mercado das e-bikes.
Fotos: divulgação
(Bike Europe)
22 Outubro 2019
Mercado